1 de abril de 2011

Um pouco de mim'

Quando eu tinha 10 anos estava na casa da minha prima Aline, pertubando-a pra fazermos algo. Olhei pra estante dela e vi uma fita VHS de um filme que eu tive ouvido falar. Pedi pra ver, e naquele momento eu esqueci tudo. Esqueci quem eu era, e só me foquei naquelas 3 personagens. Passaram-se uns meses e chegou meu aniversário de 11 anos, eu juro que esperei aquela carta, entregue por uma coruja. O tempo passou e as cartas nunca chegaram. Com o tempo, me tornei frequentadora assídua da Biblioteca da escola, e quando me mudei, quase entrei em choque: a biblioteca da minha escola nova não tinha o que eu queria. Li todos, chorei em muitos momentos e nunca deixei de acreditar na realidade daquelas palavras.
Planejei ir pra Londres, ver as "ruínas", andar pelas mesmas ruas que eles. Sonhei me casar com pelo menos um dos ruivos e tive sonhos, e quando acordei, fiquei triste, porque queria continuar vivendo ali.
Um dia eu junto dinheiro e vou ao Parque que fizeram em homenagem a ele. Um dia a minha carta chega, um dia eu vou contar sobre ele pros meus filhos. As pessoas olham superficialmente sua história. Pensam somente no básico. Mas, só quem leu, viveu sabe que é mais que isso. É aprender a ser companheiro, o valor das amizades e da verdade. É se prender a sua verdade quando ninguém acredita em você e mesmo assim, lutar! O inimigo te conhece, ele pode até ler sua mente mas, a força de vontade que há dentro de você é muito maior. A sabedoria dos mais velhos aprendi a respeitar e mesmo que eu não entenda porque, família é sempre família. Eu aprendi a ser mais humana, enquanto o tempo todo eu queria ser pelo menos "meio-sangue".

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