29 de setembro de 2010

Rastros

Era um vez uma menina que vestia um lindo vestido florido, rodado e com detalhes rendados. Ela sorria ao se encontrar com qualquer tipo de criatura, fosse homem ou fosse bicho. Sempre que podia dava um pouco de si para o mundo, e não pedia nada de volta.
Um dia andando na beira da rio, ela viu algo que mudou sua vida.
Era Tao diferente de tudo que ela já tinha visto, era instigaste, era estranhamente belo. Ela foi até aquele estranho e perguntou de onde ele vinha, ele não queria falar...
Ele era quieto, não sorria e não achava aquela situação normal; uma menina que se porta como se a vida fosse boa e o errado fosse ele e sua solidão.
Com o passar dos dias, ela foi descobrindo como ele era interessante e como era bom poder ouvir o raro som de sua voz, ver aquele desenvolvimento.
Um dia ele era um estranho calado, como se fosse um alienígena. E no outro, ria com ela, naquela mesma beirada do rio, num delicioso piquenique. Chegou um dia que ele o encontrou meio atordoado, como se algo o perseguisse. Ele disse a ela que escondia um segredo e precisava que ela confiasse nele, mesmo sem saber do que se tratava. Ela aceitou sua oferta com fervor, porque ela já confiara nele desde que o conheçeu melhor.
Ele foi embora, e tudo que restaram foram memórias....De como ela vira nele um homem amável porém, duro por fora, e como ele se transformou naqueles últimos meses....
Memórias....
Será que um dia aquele forasteiro voltaria?
Qual era seu segredo?

Mas, o importante era que a confiança permanecia lá.
E ela esperava por ele, todos os dias, como se cada dia fosse o primeiro daquela espera...



Continua...

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