2 de outubro de 2010

Fênix

Como uma fênix que se torna um ser estranha e deformada e depois pega fogo, assim morrendo, eu sou. Mas, também como a fênix, que renasce e demonstra seu poder curativo apartir das lágrimas, eu sou.
Cada dia é uma dádiva. Aprendo isso cada vez mais na base da porrada, a vida me ensinando tudo que um dia neguei ouvir da minha mãe. Porque se um dia somos alguém, no outro podemos evoluir, sem perder nossa essência. O ser humano quando sofre não quer ouvir que “tudo passa” ou “dias melhores virão”. Porque nenhum é capaz de acreditar nisso, quando está ali sofrendo e se desfazendo.
Eu tenho uma imagem da vida, como se fosse uma estrada. E essa estrada tem cruzamentos, pequenos ou grandes, que é quando nós conhecemos outras pessoas. Pode haver também buracos, às vezes chove ou faz um valor infernal, mas continuamos andando, rápido ou devagar. O importante nessa estrada é não parar e nem retroceder. Porém, há momentos em que estamos enfrentando um inimigo invisível e paramos. Nessa mesma estrada podemos ser golpeados, machucados e sangramos. E ficamos ali, jogados, sem força, se arrastando. Até que uma força nos faz levantar e andar de novo, quando percebemos o quanto foi preciso para chegar até ali, e que desistir seria estupidez. Lutamos, vencemos, sangramos, vivemos.
A ordem dos fatores não altera o produto.
Cada fase é uma fase, e hoje sei que a minha fase de adolescente já acabou. E que eu sou uma jovem aprendendo o valor do meu trabalho, aprendendo a ser mais compreensiva e mais calma. Aprendi que um grande amor pode ter fim. Afinal, não seria o amor um estado emocional intenso que vivemos com alguém ou algo que nos faz bem naquele momento? 

Estou aprendendo a amar. Me amar em primeiro lugar.
Se hoje amo, é porque já fui desprezada,
Se hoje amo é porque já sofri demais, mas, não desisti.


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